Eu fui: BAVIERA

(Fotos: David Mafra)

Domingo, friozinho, o sol aparece, o dia está bonito, tem que aproveitar pra passear. Bom sair de casa, caminhar, ir a um parque ou fazer algum programa cultural ( cineminha, teatro ou museu ).

E a pedida desse dia 29 de maio foi ir ao Centro Cívico ( um dos bairros mais charmosos da cidade ), passar pelo "Parcão" ( atrás do Museu, área de lazer da city, frequentada por cães e seus donos ) e ir até o MON ( Museu Oscar Niemeyer ) conferir as exposições que estão em cartaz.
Destaque para o Botero ( com "Dores da Colômbia" ), a Maureen Bisilliat ( Retrospectiva ) e o Ianelli ( Arcangelo Ianelli ), que foram as que conseguimos ver ( as outras ficam para uma próxima, com céu azul e dia propício à caminhada ). Fiquei impressionado, como a Arte nos alimenta, como ela traduz tanto significado, quanta inspiração !

Na volta, já no início da noite, após passar pela Praça do Gaúcho, cruzando o Largo da Ordem, naquele friozinho, meu irmão ( Hill Mafra ) e eu, famintos por algo deliciosamente apetitoso, sem levar em conta as calorias que isso pudesse envolver, vislumbramos a degustação de uma bela pizza, mas mal eu poderia saber o que estava por vir !...

Até então, para mim a Baviera era uma regição da Alemanha, mal lembrava que a capital era  Munique ( lembrei de minha amiga Tânia Bridaroli, que morou por lá durante um período ). Aqui em Curitiba, Baviera é o nome de um Restaurante ( com especialidade em pizzas ) que havia ido algumas vezes, há algum tempo atrás. Mas não me lembrava que o restaurante ( com clima de taberna alemã ) tem o melhor calzone do muuundo ( e outras delícias do cardápio italiano ) !

Depois de ver obras de arte de um grande impacto, clamando por justiça social em Botero, pensar num Ianelli, numa produção de uma vida inteira, fotografias da Maureen que nos proporcionam uma viagem a um Brasil que nos sentimos estrangeiros a observar as belezas de terras exóticas ! Enfim, o que poderia vir ? Que experiência gastronômica poderia nos surpreender?
A sugestão foi do meu irmão ( que já conhecia o local há um bom tempo, que sempre foi sinônimo de comida boa, tradição, referência para quem quer comer bem e com sabor, bom serviço, preço justo e clima retrô). Inevitável lembrar da atmosfera que percebi também na Confeitaria Holandesa ( post de 20 de maio ), de uma Curitiba de anos atrás, inclusive, lembrei do Seu Mafra ( meu pai ) ao relatar de como a cidade era agradável com seu "clima" europeu.

Em meio a tantas novidades da gastronomia internacional, da Slow Food, Fusion Food, Cozinha Tecno-emocional, etc & tal, foi um belo revivew poder me deparar com um tradicionalíssimo cardápio de pizzas, massas, pratos quentes e calzones do Baviera.
Pensei também: tantas vezes viajamos pra países distantes, nos locomovemos por muitos quilômetros, saímos de nossos estados em busca de tradição ou novidade em outras bandas e acabamos nos esquecendo do mundo que está em nossa cidade ! Dos muitos territórios que nos deparamos em idas e vindas pelas ruas de Curitiba ! Impossível não lembrar também dos artistas locais como Lala, Dalton, Leminski, e Raul Cruz, que souberam tão bem traduzir um pouco dessas muitas "Curitibas".

Clima aconchegante

com toalha quadriculada

e decoração pitoresca.

Meu irmão pediu uma água com gás e eu um chopp, pra acompanhar um belo calzone de "ricota especial". Minha imaginação ficou pensando o que poderia ser essa "ricota especial". Ah, ela não se decepcionou, esse recheio é uma tentação de gostosura, uma delícia !

Nosso calzone sendo preparado
em forno à lenha.

Olha só a maravilha que é!

Prazer indescritível...

Tarefa árdua tentar descrever o que foi devorar, quer dizer, degustar essa verdadeira tentação dos "Deuses da Gula" ! "Deuses" estes da Itália, que souberam inspirar tão bem esses fantásticos cozinheiros ao misturar a mozzarella, o presunto, o orégano e, neste caso, a ricota, para produzir um sabor inenarrável !

Meus queridos amigos, vocês podem pensar que este "pobre mortal" está exagerando, mas não é verdade. Meu brother sabe o que foi sentir o aroma ( delicioso ) da massa fresca assada em forno à lenha ( rústico, tradicional e o mais adequado pra se fazer as melhores massas ), e o sabor incrível desse que, desde já, é o melhor calzone do muuundo !

Bem, nem preciso dizer que não sobrou um pedacinho só do prato principal pra contar história ( falei que era uma porção para 3 pessoas ? ). Ainda comentamos na chegada do prato: "bom que podemos levar prata casa, pra quando der vontade...". Imagina se deu tempo de sobrar alguma coisa, fomos otimistas, não?
A conversa foi ótima ! Ah, sim, foram tantos os assuntos:  a cidade, a família, os amigos, roteiros de viagens, planos, projetos, idéias, os amores, propostas, futuro, o clima, o tempo, nossos trabalhos, reflexões, etc, etc, etc.
Pra terminar, nada melhor do que um bom café ( neste caso, o coado ). A xícara veio aquecida, o café no ponto (nem forte, nem fraco ), na temperatura adequada ! Serviço muito bem feito !

Café na casa da Dona Lourdes.

Pra finalizar o belo domingo que tivemos, saímos do Baviera ( felizes ), andamos algumas quadras e já estávamos na Saldanha Marinho, passando na casa da Dona Lourdes ( minha mãe ) para um café final ( gulosos que somos ) , com doces e mais um pouco de boa conversa !

Domingo bom é assim: estimula, motiva, faz pensar, proporciona boas experiências para nos alimentar e nos preparar para a semana que inicia !
E vamos em frente !

Boa semana de comemorações !

Restaurante Baviera:
Rua Augusto Stellfeld, 18, Centro, 3232-1995.
Horário de funcionamento:
Domingo a quinta: 19h à meia-noite, Sexta e sábado: 19h à 1h.
Mais informações, acesse: http://guia.gazetadopovo.com.br/restaurantes/baviera/237/