sábado, 31 de janeiro de 2015

Café colonial no Empório Kaminski

(Imagem: Divulgação)

Com esses dias de pré-Carnaval, em que as pessoas ainda estão se adaptando de volta à rotina normal, as refeições nem sempre são feitas no horário regrado. No Empório Kamisnki, com sede na Av. Sete de Setembro, um variado café colonial com os melhores produtos da casa está à disposição dos clientes num horário bem especial. Cafés, sucos e chás acompanhados das mais deliciosas tortas, pães, salgados e doces, tudo servido de segunda à sexta-feira das 07h às 10h30 e das 15h30 às 21h. Já aos sábados e domingos as delícias estão disponíveis um pouco mais tarde, das 7h30 às 11h e das 16h às 21h.

Vale à pena sempre que houver uma folguinha iniciar o dia com um café da manhã diferente, como se estivesse em um hotel ou ainda um lanche à tarde ou mais a noitinha. Transforme seus dias em momentos especiais e inesquecíveis no Empório Kaminski.

Serviço:

Endereço 01- Avenida Sete de Setembro, 6355, Seminário – Curitiba (PR)

Horário de atendimento: Das 6h30, com a abertura do café da manhã às 07h e término às 10h30 (Segunda à Sexta). 
Aos Sábados e Domingos o café inicia às 07h30 com término às 11h. 
O almoço é servido das 11h30 às 14h30, de Segunda a Sexta. 
Aos Sábados e Domingos o almoço inicia às 12h com término às 15h. 
Às 15h30 inicia-se o café colonial, com término às 21h. 
Aos Sábados e Domingos o café inicia-se às 16h. A partir das 18h, o café colonial contará com sopas e caldos, que terminarão às 21h. A casa fecha às 22h.
Tel: (41) 3342-7371

Estacionamento próprio e gratuito para 30 carros rotativos

Endereço 02- Avenida Iguaçu, 2735, Água Verde – Curitiba (PR)
Horário de atendimento: Das 6h30 às 20h, de Segunda à Sábado, com o atendimento que o cliente já conhece, e ainda a possibilidade de agendamento de pequenos eventos e café colonial.
Tel: (41) 3242-4072


Informação para a imprensa:
Rafaela Salomon Comunicação

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ASDRUBAL BISTRÔ LANÇA HAPPY HOUR NESTA SEXTA-FEIRA‏

(Imagem: Divulgação)
















ASDRUBAL BISTRÔ LANÇA SEU HAPPY HOUR

Na próxima sexta-feira dia 30 de Janeiro será lançado o happy hour do Asdrubal Bistrô

O happy hour terá uma atração especial e uma boa oportunidade de conhecer um espaço aconchegante que inaugurou ano passado, o Asdrubal Bistrô que tem à frente a Chef Cris Veríssimo que aproveita a data pra lançar o happy hour e apresentar algumas comidinhas rápidas.

Os clientes e amigos já vinham solicitando uma atividade à noite, pra se aproveitar também o espaço externo com ombrelones e mesinhas, a atração sonora é com o jovem músico e produtor musical Leonardo Montenegro que fará uma apresentação de guitarra solo com Standards do jazz e da música popular brasileira. Se apresenta das 18 às 21 horas.

O cardápio será especial para acompanhar a boa música algumas comidinhas rápidas que a chef Cris e sua equipe vão preparar Bruchettas (berinjela/ abobrinha / tomate / carne seca, cebola caramelizada e gorgonzola), Ceviche, Carpaccio, Tirinhas de Alcatra com cebola e molho gorgonzola, Batatinhas fritas com molho Cheddar e Dijon, Hambúrguer (acompanha batata rústica e dois tipos de maionese da casa), Batata Rústica com lemon pepper (para duas pessoas), Linguiça na cachaça e alho poró e Costelinha com molho barbecue (para duas pessoas). Bebidas e promoção de cervejas em garrafa.

Sobre o Asdrubal Bistrô
Atende todos os dias para almoço; no momento trabalha com o Cardápio de Comida Brasileira, aos sábados o prato é a Feijoada Light, que foi lançada recentemente.
À noite, abre somente para eventos especiais, comemorações, reuniões de empresas, cursos enoeducativos e workshops.
Acomoda até 40 pessoas, salão interno e área externa.

Serviço: Asdrubal Bistrô
Rua Conselheiro Araújo, 385 – Alto da Glória – Curitiba – PR.
Informações e reservas telefone 41 3076-1463.
Para o happy hour a sugestão é que faça sua reserva antecipada.
Horários: De segunda a sexta das 11 às 15 horas. Sábado das 11h30 às 15h30.

Fonte: Alice Varajão – jornalista

sábado, 24 de janeiro de 2015

Chá verde com desconto na Moncloa Tea Boutique

Moncloa Tea Boutique do Pátio Batel tem produtos selecionados com preços especiais
 
 Seguindo a tendência das liquidações de verão na cidade, aMoncloa Tea Boutique do Pátio Batel tem descontos de até 30% em produtos selecionados. Uma boa hora para comprar seu chá preferido com preço especial, conhecer novos sabores ou comprar um presente legal.
Milano combina o chá verde com groselha, morango, framboesa, mamão e abacaxi. O resultado é um chá refinado, porém suave e saboroso, com toque tropical. Está com desconto de 30% nas versões lata e pouch (embalagem econômica).
Quem gosta de chá verde vai encontrar outros blendsinteressantes com desconto, o aromático Jade Flow (chá verde com jasmim e rosa mosqueta) e o tradicional Japan Essence (chá verde com arroz). Neste caso o valor promocional vale apenas para os pouchs.
Para preparar os chás da Moncloa, a dica é o conjunto de infusore apoio de cerâmica Tea Strainer Dish Set da tradicional marca americana Forlife, também com 30% de desconto.
Os descontos são válidos até o dia 25 de janeiro (domingo)apenas na loja do Pátio Batel. Durante este período o estacionamento do shopping é gratuito (com exceção do serviço de valet).
Sobre a Moncloa Tea Boutique
Inspirada no charme e design dos melhores chás da Europa e Estados Unidos, a loja traz o conceito de chá gourmet com uma carta de cháscomposta de mais de 30 sabores de vários lugares do mundo. A bebida é servida no local nas opções quente e gelada e vendida em latas ou pacotes de 45g. Bolachas, biscoitos, alfajores, waffles e quiches fazem parte do cardápio. Na boutique há também acessórios para o consumo da bebida, selecionados pela qualidade e pelo design. O nome é uma referência ao descolado bairro de Madri, na Espanha. 
Serviço:
Moncloa Tea Boutique
Loja Pátio Batel – Piso L3 Loja 310 (Av. do Batel, 1868 I Batel I Curitiba-PR) Horário de funcionamento: 10h às 22h (2ª a sábado) e 14h às 20h (domingos e feriados).
Telefone: (41) 3020-3414
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard e Cabal
Cartões de débito: 
Visa Electron, Maestro e Cabal
E-mail: 
contato@moncloa.com.br
Redes sociais: 
Facebook, Instagram, Foursquare/Swarmwww.moncloa.com.br
Fonte: Sorttie Soluções Criativas – Assessoria de Imprensa

Dicas para higienizar corretamente os alimentos

Finalizando a sequência de matérias publicadas neste blog sobre higienização de alimentos, segue matéria sobre como fazer o procedimento de maneira segura, publicada pelo site M de Mulher:

Dicas para higienizar corretamente os alimentos
Saiba como higienizar os alimentos de maneira correta e evite contaminações desnecessárias

Dicas para higienizar corretamente os alimentos

Sujeiras nos alimentos geram desconfortos gastrointestinais, como vômitos
Foto: Dreamstime

Não basta selecionar com cuidado os alimentos que vão para a sua geladeira. Para fugir de infecções e contaminações é preciso aprender a higienizá-los da maneira correta.

Higienizar é preciso
E não vai ser difícil convencê-la. "Os vegetais podem ter contaminação química (agrotóxicos), biológica (microbiana, detritos orgânicos) e sujeira diversa (poeira, partículas estranhas)", diz João Carlos Tórtora, coordenador de microbiologia da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. E isso é possível que aconteça em todas as fases do ciclo produtivo: no local de plantio (poeira, insetos, pássaros, larvas), pelo uso de fertilizantes, na colheita, no transporte, na estocagem e até no ponto de venda.

Preserve o corpinho

As consequências são uma extensa lista de problemas de saúde. As sujeiras, você já sabe, geram desconfortos gastrointestinais, como vômitos, sem contar obstruções e engasgos. A contaminação química leva a alergias, alterações em fetos, intoxicações e doenças hepáticas, renais e neurológicas, além de estar associada a diversos tipos de câncer. "Já os alimentos com contaminação biológica (micróbios e fezes, por exemplo) causam infecções extraintestinais, como hepatite A, e infecções e infestações intestinais provocadas por bactérias, vírus, protozoários e vermes, com gravidade variável, causando debilidade física por desnutrição e desidratação", diz Tórtora.

O que lavar

Todos os vegetais que são consumidos crus, como frutas, verduras, legumes e raízes, devem ser higienizados antes do consumo. Os orgânicos não escapam porque têm adubos orgânicos. Mas são só esses. Deixe a paranoia de lado, ou o tiro pode sair pela culatra. Um exemplo: você também come carne crua, certo? Carpaccio, quibe, sushi e sashimi... "Esses alimentos não devem ser lavados", avisa o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido na TV como Dr. Bactéria. "Além de não eliminar os micro-organismos nocivos, isso aumenta a quantidade de água na carne, fazendo dela um ambiente propício para as bactérias. Portanto, devem ser guardados do jeito que chegarem do supermercado."

Truques caseiros, não

Já ouviu dizer que o vinagre é tiro e queda para lavar verduras? Ou que o bicarbonato de sódio não deixa sobrar nenhum verme, protozário, bactéria ou outro micro-organismo? Esqueça. "Não é recomendável", garante Figueiredo. No vinagre, a concentração de ácido acético, que seria importante na higienização, pode variar, portanto não dá para confiar. E, embora o bicarbonato possa ajudar na eliminação de químicos, não é 100% eficaz.

A higienização correta

Os vegetais têm uma característica conhecida como uptake. "Se você coloca em água na mesma temperatura deles, eles absorvem a contaminação do ambiente", explica Figueiredo. "Chegou da feira, tire da embalagem, coloque em sacos limpos e abertos para permitir sua respiração e deixe por pelo menos 2 horas na parte menos fria da geladeira, que normalmente é a gaveta." Aí, sim, começa o exercício de paciência. Lave folha por folha e fruta por fruta, sempre em água corrente (nas bacias, você apenas espalha a sujeira). Depois, mergulhe por 5 a 20 minutos em uma solução de 1 litro de água com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária de boa procedência) - cloro é a única substância recomendada pelo Ministério da Saúde. Retire, enxágue e pronto.

Outras opções

Como a concentração de cloro livre varia na água sanitária (por isso dissemos "boa procedência"), produtos especialmente para esse fim e aprovados pela Anvisa também são úteis - cheque as embalagens com atenção. Um deles é o Clorin, à base de dicloroisocianurato de sódio, um derivado de cloro de origem orgânica, certificado pelo Instituto Biodinâmico e que não exige enxágue posterior. "Água ozonizada também pode ajudar, mas você tem que ficar de 10 a 15 minutos com uma mangueirinha passando do lado de cada folha de alface", diz Figueiredo. Outra opção é o Hidrosteril, que tem na composição hipoclorito de sódio, cloreto de sódio e água deionizada.

Fonte: Site M de Mulher.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O caso do bicarbonato

Dando sequência à questão referente ao uso do bicarbonato, há posições claras de entidades que trabalham com alimentos orgânicos, com segurança alimentar e afins que afirmam que o uso do produto tem efeito superficial. Segue texto publicado no site "Rancho Orgânico" que expressa esta posição e comenta a matéria publicada no site G1:

O caso do bicarbonato

Gostaríamos de comentar a matéria divulgada pela Rede Globo e outros veículos de jornalismo, na última semana, sobre a questão dos agrotóxicos nos alimentos e a melhor maneira de se evitá-los. Sem dúvida, na medida em que algumas poucas análises de controle de qualidade são feitas, principalmente análises de resíduos de agrotóxicos, nos defrontamos com dados alarmantes e preocupantes.

O Instituto Biodinâmico, com sua experiência de 10 anos em certificação orgânica e biodinâmica e em análises químicas de culturas agrícolas e alimentos, pode acrescentar, ainda, que se trata apenas da ponta do iceberg. São dezenas de princípios ativos sendo introduzidos todos os dias em todas as culturas agrícolas do país e do planeta.

O movimento de agropecuária orgânica já alertou inúmeras vezes para este problema que vem causando prejuízos sérios e irreparáveis à saúde da população e também ao meio ambiente. O Brasil é atualmente um dos maiores nichos do mercado de agrotóxico, o terceiro no ranking mundial. Formas simplistas e erradas têm sido usadas para orientar as donas de casa sobre como diminuir os riscos de contaminação com agrotóxicos como, por exemplo, o uso de bicarbonato de sódio. Esta recomendação está errada. O bicarbonato de sódio tem uma reação superficial na folha e nos alimentos.

Os agrotóxicos estão dentro, os principais resíduos são sistêmicos, encontram-se dentro da estrutura celular das plantas. Existem relatos de contaminação superficial, e mesmo neste caso a lavagem com substâncias pode resultar em eliminação parcial, mas não 100 % garantida. O bicarbonato não atua tão profundamente. Os agrotóxicos constituem diferentes famílias, com características químicas completamente diferentes do bicarbonato. É impossível determinar que um composto de estrutura simples como o bicarbonato seja capaz de reagir com todos os compostos químicos que compõem a família de agrotóxicos. Do ponto de vista da reação de neutralização do agrotóxico na superfície dos alimentos, também há erro.

O bicarbonato tem uma reação tanto ácida como alcalina, porém leve (chamado de anfótero). As complexas moléculas dos agrotóxicos não serão afetadas pela reação fraca (ácido-base) do bicarbonato. Para que ocorra uma "neutralização" dos agrotóxicos, estes compostos deveriam apresentar características ácido-base, o que não ocorre com a maioria dos compostos. Seria necessária uma reação de destruição dos compostos clorados, por exemplo.

Entretanto, esta reação é extremamente difícil e exatamente por isso alguns dos agrotóxicos são considerados pelos especialistas como "poluentes persistentes", ou seja, uma vez formados são dificilmente destruídos. Ainda que um composto "mágico" apresentasse características químicas tão variadas e fosse capaz de reagir quimicamente com os agrotóxicos, qual a toxicidade dos resíduos formados? Após uma reação química, os compostos são transformados e não desaparecem simplesmente!
O uso de bicarbonatos, vinagres e água sanitária é muito mais coerente para ajudar a esterilizar a solução da água e da superfície dos vegetais contra bactérias e agentes vivos. Mas não contra contaminação química externa. Sendo assim, a única solução realmente efetiva e global e 100 % segura para se livrar dos efeitos dos agrotóxicos, depende de os consumidores e os órgãos de imprensa olharem mais seriamente para esta questão.

Os meios de comunicação e os jornalistas devem estar cientes e informar aos consumidores que estes somente estarão reduzindo os riscos de contaminação, ao se alimentarem com produtos verdadeiramente isentos de agrotóxicos. E é também para garantir a origem isenta de agrotóxicos que o IBD, assim como outras certificadoras do país, vem atuando, inspecionando e orientando milhares de agricultores orgânicos e biodinâmicos que se espalham pelo país no laborioso trabalho de reconstrução da paisagem agrícola, hoje completamente descaracterizada pelo processo agrícola convencional. Os alimentos orgânicos e biodinâmicos são os únicos, com comprovação analítica acadêmica, que não são cultivados com a utilização de agrotóxicos, não são produzidos com transgênicos, não poluem o meio ambiente, não agridem ao trabalhador.

Alexandre Harkaly


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Lavar alimentos pode ser inútil para tirar agrotóxicos

Entrou em pauta novamente a utilização de bicarbonato para eliminar agrotóxicos de alimentos. Fiquei curioso, pois a informação que tinha era a de que a substancia não era eficiente no objetivo proposto. Conversei com uma amiga, consultora em Segurança Alimentar, e ela foi clara ao dizer da ineficiência do método. Pesquisei e trago algumas informações, já que o assunto pode interessar a mais pessoas. Aqui, reproduzo a reportagem do site G1, que divulgou a notícia em 2010. Na sequência, trago outras fontes que podem úteis para comparação:

25/06/2010

Lavar alimentos pode ser inútil para tirar agrotóxicos, dizem especialistas

Defensivos agrícolas podem ficar dentro dos alimentos.
Instituto pede regras mais rígidas para controlar venenos.

Iberê Thenório e Ricardo MunizDo G1, em São Paulo
Deixar vegetais de molho no vinagre antes de levá-los à mesa pode ser ótimo para matar micróbios, mas nem sempre vai funcionar quando se quer tirar agrotóxicos de frutas e verduras, relataram especialistas ouvidos pelo G1.
A preocupação com resíduos tóxicos na comida ganhou força nesta quarta-feira (24), quando um relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou alta presença de agrotóxicos nos alimentos brasileiros. De 3.130 amostras coletadas pela agência, 29% apresentaram algum tipo de irregularidade.
VegetaisLavar vegetais funciona bem apenas nos casos em que não há penetração das substâncias tóxicas no alimento, afirma especialista do Ceatox. (Foto: Patrycja Cieszkowska/stock.xchng)

Segundo Anthony Wong, diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) da Faculdade de Medicina da USP, “se o agrotóxico for de superfície, de aplicação limitada à parte externa do alimento, elimina-se o risco na maioria das vezes lavando bem”, diz. Os casos do morango e do tomate, por exemplo, poderiam ser “facilmente resolvidos” assim.
O médico Wanderlei Pignati, professor de Saúde Ambiental na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é mais cético em relação à água. "[Lavar os alimentos] não resolve praticamente nada. Vai eliminar o agrotóxico que tem na casca, mas o grande problema está dentro", afirma.
A dificuldade cresce nas situações em que há penetração da substância. “Nesse quadro, a fervura pode inativá-la, mas há agrotóxicos à base de zinco ou estanho, à base de metais, que são chamados estáveis”, afirma Wong. “Quando isso ocorre, o aquecimento não inativa, logo não reduz o perigo.”
Laboratórios
Em 15 de 20 culturas analisadas pela Anvisa foram encontrados ingredientes ativos em processo de reavaliação toxicológica junto à agência, como o endossulfan em pepino e pimentão; acefato em cebola e cenoura; e metamidofós em pimentão, tomate, alface e cebola.
Já existe no Brasil uma “indicação de banimento” para as três substâncias. Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, afirmou na quarta-feira (23) que esses ingredientes causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer.
De acordo com Pignati, a estatísticas não mostram essas doenças relacionadas a agrotóxicos porque é difícil fazer exames para identificar substâncias tóxicas no organismo. "Aqui em Mato Grosso, se eu quiser fazer uma análise de suspeita de resíduos de agrotóxicos no sangue ou na urina, tenho que mandar a amostra para o Rio de Janeiro ou São Paulo".
Consumidor impotente
Segundo Wong, do Ceatox, a total eliminação de situações de risco depende do governo. “Aí, só fiscalização mesmo. Não tem como eliminar por lavagem ou fervura.”
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) defende regras mais rígidas para agrotóxicos. "Dentre as medidas necessárias está a reavaliação toxicológica das substâncias pela Anvisa, uma vez que vários agrotóxicos utilizados no Brasil já foram proibidos em outros países, diante das evidências de seus riscos", comunicou a ONG em nota ao G1.
Dentro dos padrões
Para o engenheiro de alimentos Carlos Eduardo Sassano, professor da Universidade de Guarulhos, o problema seria resolvido se os agrotóxicos fossem utilizados da maneira correta. "Se fossem usados dentro dos padrões permitidos, não teria problema", defende.
Segundo ele, o consumo de alimentos orgânicos poderia ser uma boa alternativa, mas é difícil haver produção suficiente. "Estamos falando de uma sociedade moderna, onde a produtividade tem que ser alta. Por isso a gente não vislumbra agricultura sem agrotóxico."
Voz dissidente
O médico Angelo Trapé, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), discorda da opinião dos colegas. Segundo ele, as irregularidades encontradas pela Anvisa não mostram que haja perigo ao consumidor, pois a quantidade de agrotóxicos nos alimentos é muito pequena. "A população pode ingerir alimentos de maneira segura que não vai causar nenhum dano à sua saúde."
Os fabricantes de defensivos agrícolas, por meio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), defendem que os produtores rurais estão cada vez mais preocupados em aplicar corretamente os agrotóxicos.
"A Andef considera fundamental tranqüilizar a população quanto à segurança dos alimentos tratados com defensivos aplicados de acordo com as recomendações agronômicas e oficialmente registrados", afirmou a instituição em nota divulgada à imprensa.
Fonte: G1