Um prato tipicamente brasileiro não deixa de fora a dupla
arroz e feijão. E mesmo com uma combinação tão tradicional, dá para variar o
cardápio e contar com os benefícios a nossa saúde e à dieta.
Já pensou em substituir o arroz branco por uma outra versão? Integral, negro ou
parboilizado, contabilizamos nove tipos de arroz mais encontrados no Brasil.
"O arroz é
um cereal importante por ser uma boa fonte de carboidratos. Ele também contém
proteínas e fibras e, em algumas versões, é fonte de vitaminas e
minerais", diz a nutricionista Audrey Abe, da rede Natural em Casa. Cada
um possui uma qualidade específica, seja em relação ao seu valor nutritivo ou
na mudança de sabor. Conheça mais sobre cada variedade.
Tipos de arroz:
Polido ou agulha
Esse é o arroz mais comum, também chamado de arroz branco ou
tradicional. Como tem sua "casca" retirada durante o seu processo de
fabricação - por isso recebe o nome de polido - não é um dos tipos de arroz
mais nutritivos. O seu ponto forte é ser o mais barato, mais fácil de encontrar
e o que tem maior funcionalidade, podendo ser usado para fazer uma lista grande
receitas. Além disso, o arroz polido é que demora menos tempo para ficar
pronto. A proporção de água deve ser de duas xícaras de água para cada uma de
arroz, para que ele fique macio sem ficar com o aspecto "papa" ou
grudento.
Arroz integral
Por não passar pelo processo normal de industrialização,
o arroz integral mantém a camada externa do grão,
conservando as suas principais qualidades e contém três vezes mais fibras do
que o industrializado, cinco vezes mais vitaminas e quatro vezes mais magnésio.
"Além de ter vitaminas A, B1, B2, B6, B12 e minerais, é rico em fibras,
que ajudam a manter o intestino regulado", diz a nutricionista. O integral
pode ser encontrado com facilidade, mas o seu preço é maior que a versão
tradicional.
Na hora de preparar um prato com arroz integral, é importante lembrar que ele demora mais para ficar pronto e precisa de mais água para ficar com uma consistência boa para consumo. Deve-se usar o mesmo número de xícaras de água e de arroz e esperar pelo menos duas vezes mais tempo até tirá-lo da panela.
Na hora de preparar um prato com arroz integral, é importante lembrar que ele demora mais para ficar pronto e precisa de mais água para ficar com uma consistência boa para consumo. Deve-se usar o mesmo número de xícaras de água e de arroz e esperar pelo menos duas vezes mais tempo até tirá-lo da panela.
Arroz parboilizado
Esse tipo de arroz, assim como o integral, está caindo cada
vez mais no gosto dos brasileiros. Ao passar por um tratamento hidrotérmico
(água fervente), que consiste em cozinhar parcialmente os grãos com casca,
parte das vitaminas e minerais passam da casca para o interior do arroz,
aumentando o valor nutritivo e concentrando uma maior quantidade vitaminas do
complexo B em cada grão.
"O processo hidrotérmico enriquece a parte interna do arroz, deixando-a com valores nutritivos próximos ao arroz vendido com casca. Além disso, a temperatura superior a 58 graus usada no processo de parboilização muda a composição do amido, fazendo com que o arroz absorva ainda mais nutrientes da casca", diz Audrey Abe.
Facilmente encontrado, principalmente em lojas de produtos naturais, esse tipo de arroz segue o mesmo padrão de preparo do arroz branco, já que não tem casca.
"O processo hidrotérmico enriquece a parte interna do arroz, deixando-a com valores nutritivos próximos ao arroz vendido com casca. Além disso, a temperatura superior a 58 graus usada no processo de parboilização muda a composição do amido, fazendo com que o arroz absorva ainda mais nutrientes da casca", diz Audrey Abe.
Facilmente encontrado, principalmente em lojas de produtos naturais, esse tipo de arroz segue o mesmo padrão de preparo do arroz branco, já que não tem casca.
Arroz Cateto ou Japonês
Como o próprio nome já diz, essa variedade é a base da
culinária japonesa. Com grãos curtos, curvados e um pouco transparentes, têm
grande quantidade de amido e, após o preparo, tende a ficar mais macio e
cremoso, se comparado com o arroz polido. Ele também pode ser encontrado com
grãos que mantêm a sua casca e o gérmen, concentrando assim o seu valor nutricional.
"Esse tipo de arroz também tem a sua versão "integral", que
conserva maiores quantidades de vitaminas do complexo B e minerais",
explica a nutricionista.
Para deixar o arroz cateto mais macio, sem que ele fique grudado, é importante deixá-lo um pouco mais de tempo cozinhando do que o arroz tradicional, seguindo o padrão de uma xícara de água para cada duas de arroz.
Para deixar o arroz cateto mais macio, sem que ele fique grudado, é importante deixá-lo um pouco mais de tempo cozinhando do que o arroz tradicional, seguindo o padrão de uma xícara de água para cada duas de arroz.
Arroz arbóreo
Possui o grão mais arredondado e concentra bastante amido,
conferindo consistência cremosa. Também tem uma incrível capacidade de absorver
condimentos. Por isso, é o mais indicado para preparações de risotos.
"Como não possui casca e não passa por nenhum processo que conserve seus
nutrientes, o arroz arbóreo tem o mesmo valor nutricional do arroz
tradicional", diz Audrey Abe. Ele pode ser encontrado em redes de
supermercados normais, e o seu modo de preparo é o mesmo do arroz
tradicional.
Arroz basmati ou indiano
Famoso por seu aroma adocicado de nozes, o diferencial do
arroz basmati em relação ao comum é o seu gosto mais forte e a sua capacidade
de reter água durante o preparo sem que os grãos fiquem grudados uns nos
outros. "Os grãos deste tipo de arroz são bem mais longos e ficam ainda
mais compridos quando cozidos. Mesmo que os níveis nutricionais sejam
praticamente iguais aos do arroz branco, ele pode ser usado em ocasiões
especiais para variar o cardápio", diz a especialista.
O arroz indiano é mais caro que o tradicional, e só é encontrá-lo em lojas especializadas em produtos naturais ou orientais. Como já possui um gosto bastante característico, ele dispensa a adição de temperos durante o preparo.
O arroz indiano é mais caro que o tradicional, e só é encontrá-lo em lojas especializadas em produtos naturais ou orientais. Como já possui um gosto bastante característico, ele dispensa a adição de temperos durante o preparo.
Arroz vermelho
O arroz vermelho é rico em monocolina, substância que pode
auxiliar na redução do nível de LDL (colesterolruim)
no sangue, aquele que pode causar infartos e derrames cerebrais.
Além disso, segundo a nutricionista, o extrato desse tipo de arroz pode auxiliar na circulação sanguínea, na digestão e nas funções intestinais. Apresenta também três vezes mais ferro e duas vezes mais zinco que o arroz branco. O preparo pode ser feito da mesma maneira que o arroz tradicional. Ele também é bastante acessível e pode ser encontrado em redes de supermercados.
Além disso, segundo a nutricionista, o extrato desse tipo de arroz pode auxiliar na circulação sanguínea, na digestão e nas funções intestinais. Apresenta também três vezes mais ferro e duas vezes mais zinco que o arroz branco. O preparo pode ser feito da mesma maneira que o arroz tradicional. Ele também é bastante acessível e pode ser encontrado em redes de supermercados.
Arroz negro
Apesar de ainda não ser muito popular, o sabor e a cor
acastanhada do arroz negro podem ser novidade por aqui, mas já é conhecido na
China há milhares de anos. "Este tipo de arroz contém 20% a mais de
proteínas e 30% a mais de fibras em relação ao arroz integral", diz Audrey
Abe. Quer mais? Ele tem um elevado teor de ferro, menos gordura e menor valor
calórico. Análises do produto também apontaram o grande conteúdo de compostos
fenólicos, substâncias antioxidantes, que combatem os radicais livres, prevenindo
o envelhecimento precoce, doenças crônico-degenerativas, problemas
cardiovasculares e até câncer.
Arroz selvagem
Ainda pouco encontrado no Brasil, o arroz selvagem, apesar do
nome, não é um arroz de verdade, mas um tipo diferente de gramínea. Os grãos
são escuros (marrons e pretos) e o seu comprimento é três vezes maior que o do
arroz comum, tendo em seu interior um aspecto claro e macio. "Ele é
bastante usado na culinária oriental, mas como são poucos os lugares em que é
produzido (Estados Unidos e Canadá), ainda é pouco conhecido no Brasil e
difícil de ser encontrado fora de lojas especializadas em produtos
naturais", diz a nutricionista Audrey Abe.
As suas qualidades nutricionais também chamam a atenção, pois este grão é pobre em gorduras e rico em proteínas, a lisina (uma aminoácido benéfico ao corpo) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas.
As suas qualidades nutricionais também chamam a atenção, pois este grão é pobre em gorduras e rico em proteínas, a lisina (uma aminoácido benéfico ao corpo) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas.
Tipo de arroz
|
Calorias (Kcal)
|
Carboidratos (g)
|
Proteínas (g)
|
Gorduras (g)
|
Fibras (g)
|
Branco
|
124
|
26,6
|
2,32
|
1,18
|
0,49
|
Integral
|
76
|
14,5
|
3,0
|
1,0
|
2,7
|
Parboilizado
|
123
|
25,6
|
3,2
|
0,6
|
0,63
|
Cateto
|
180
|
39,1
|
4,0
|
1,0
|
1,0
|
Arbóreo
|
175
|
39,2
|
4,16
|
1,17
|
0,50
|
Basmati
|
171
|
38,1
|
3,5
|
0,5
|
0,8
|
Vermelho
|
173
|
36,4
|
4,9
|
1,0
|
4,2
|
Negro
|
173
|
36,4
|
4,9
|
1,0
|
4,2
|
Selvagem
|
170
|
35,6
|
6,0
|
0,5
|
3,0
|
Fonte: Site Minha Vida
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